Encontro teve como convidados, o veterinário e professor universitário, Eduardo Filetti e o diretor de empresa de saneamento ambiental Loremi, o químico Maurício Marques


 O aumento da população de pombos se tornou uma preocupação de saúde pública em Guarujá. No último dia 29, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, realizou encontro para discutir a proliferação desses animais na Cidade. A iniciativa aconteceu no auditório da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Afpesp) e teve como convidados o veterinário e professor universitário da Unisanta, Eduardo Filetti e o presidente da empresa de saneamento ambiental Loremi, Maurício Marques.


O evento teve como público alvo os agentes de Controle de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), sendo dois representantes de cada Unidade Básica de Saúde (UBS) e de Unidade da Saúde da Família (Usafa), além das equipes de Vigilância Epidemiológica, Sanitária e de Zoonoses.


O diretor de Vigilância em Saúde da Prefeitura falou da importância do encontro e dos esforços realizados pela Sesau no combate à proliferação de animais, e consequentemente, de doenças. “Depois de 10 anos, foram chamados 15 novos agentes de endemias. Com eles, vamos conseguir implantar o grupo de Informação, Educação e Comunicação do Controle de Dengue de Guarujá (IEC). Também estamos orientando os quiosqueiros e vamos reforçar o serviço de nebulização”, contou.


Segundo o prefeito da Cidade, o controle da população de pombos é uma preocupação do seu governo. “Este encontro é extrema importância. Até porque muitas pessoas acham que alimentá-los é divertido, mas estamos realizando diversos esforços no sentido de conscientizar a nossa população para a questão da saúde pública”.


O professor Filetti agradeceu a oportunidade em falar aos agentes da sua experiência e pesquisas sobre pombos. “Hoje, as empresas portuárias são o grande problema para o aumento de pombos na Região, já que a população em geral é responsável por apenas 5% no aumento da produção de lixo, o que acaba atraindo esses animais”.


Ele frisa que os pombos se adaptam e se reproduzem facilmente nos locais onde há alimento. Mas se por um lado o pombo gera várias doenças, por outro pode ajudar em pesquisas, conta o veterinário. “A secreção desses animais pode ajudar crianças com problemas imunológicos”, contou.


Já o presidente da empresa Loremi classificou os pombos como “ratos com asas”. O químico parabenizou a Prefeitura por promover o encontro e em sua explanação, falou das barreiras e das formas de manter essas aves afastadas do convívio humano. “É preciso atentar aos quatro As: Alimento, Acesso, Abrigo e Água”. Ele falou ainda que a gaiola, por exemplo, é o modo mais eficaz e mais barato de controlar esses animais.


A preocupação da Prefeitura acerca da importância em debater o assunto, ocorre devido às duas mortes registradas neste ano na Baixada Santista, por criptococose, conhecida como doença do pombo.


 Serviço - A Prefeitura mantém fiscalizações e vistorias pós-reclamações de munícipes nos bairros da Cidade, conforme cronograma semanal. A Unidade de Vigilância em Zoonoses fica na Avenida Adriano Dias dos Santos, 303, no Jardim Boa Esperança. O horário de funcionamento é das 8 às 17 horas. Telefone: 3355 6306.